quinta-feira, 17 de abril de 2014

Mensagem de Páscoa - Coordenação Geral


«Vinde, vede o lugar onde jazia e ide depressa dizer aos seus discípulos: ‘Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia. Lá o vereis.» 
(Mateus 28, 6b-7)


Desejamos a todos os Membros da Familia Andaluz uma Santa e Feliz Páscoa. Pedimos ao Senhor que esta Páscoa seja o ponto de partida, para que a vida de cada um de nós seja renovada pelo Amor de Jesus Cristo. Abrir o nosso coração é dizer sim à missão que Deus tem para todos nós. Sejamos cada vez mais missionários nas nossas comunidades. Missão é partir e partilhar, mais do que receber a alegria está no dar.



Abraço com amizade,

Samuel Gomes
Coordenador Geral

terça-feira, 8 de abril de 2014

Partilha do Retiro de Leigos, 14-16 de Março de 2014. Fátima.

Participar num retiro, para mim, é sempre um resposta a um convite de Deus e a um anseio da alma. Porque amo a Deus e reconheço a necessidade que tenho d'Ele mesmo, de viver n'Ele e com Ele, quero ir ao Seu Encontro. Procuro o Senhor porque quero em primeiro lugar Estar com ele. Em segundo lugar, quero ir ao seu encontro porque escolhi, na minha vida, que é n'Ele que desejo encontrar as respostas às grandes dúvidas do meu coração, e é n'Ele que quero procurar a cura das minhas feridas. Num acto de Fé, deposito assim em Deus a minha confiança, não conheço outra salvação. 

Neste retiro, em particular, vim procurar uma pergunta e uma resposta de amor. Sabemos que Deus é bom e que nos ama, aprendemos desde cedo na catequese. Mas será que eu sei mesmo isto? Afinal, como é a minha alegria que deveria vir desde grande conhecimento que é saber-me amada por Deus? E amor este que não é um qualquer, mas semelhante àquele que o Pai dedicou a Jesus, conforme Ele mesmo disse aos discípulos: «como o Pai me amou, Eu vos tenho amado». E, se julgo que Deus me ama, como poderei abraçar a minha cruz, aquela que me foi dada a mim, à semelhança de Cristo, que abraçou a Sua Cruz, dando-nos assim o exemplo? Com efeito, «Se alguém quiser seguir-Me, tome a sua cruz e siga-Me». Mas a cruz não é algo que se deseja nem é algo que seja fácil de transportar. E nos meandros do caminho, surge a tentação: Deus não é um bom Deus para comigo, esqueceu-Se de cumprir o Seu papel. Depositei n'Ele a minha confiança, e recebi uma dor, um peso de que não me consigo libertar. Mas o objectivo do Cristão não é eliminar a dor nem a cruz que precisa de transportar, não foi isso que Jesus nos indicou. Eu queria viver sem cruz, pedir a Deus que me livrasse de todas as contrariedades, mas depois compreendi que a minha salvação estava em pedir a Deus que me ajudasse a suportar todas as contrariedades e em aprender a amar da mesma forma que Jesus nos amou e nos ama. Com efeito, o amor de Deus é maior do que o nosso. Às vezes, julgamos o amor de Deus pela mesma medida daquilo que nós próprios somos capazes de amar. Quando o desafio é precisamente o contrário, sairmos de nós próprios para compreendermos melhor a maneira do amor de Deus, através do Encontro com Ele, a Fonte, e através do encontro com as outras pessoas. Somos nós, sou eu que preciso de aprender a amar mais à semelhança do nosso Mestre Divino. E para isso preciso de O conhecer melhor, conhecer o que Ele disse e fez, como foram os Seus gestos, como é que Ele Se revelou a nós, como é que Ele Se revela continuamente aos outros e ao mundo.

Por último, gostaria de referir a experiência de igreja que também fizemos neste retiro. Encontrámo-nos pessoas de várias idades, e com vários tipos de experiência de retiros, desde pessoas para quem era uma novidade, a pessoas que participavam regularmente. Isto não foi obstáculo para a caminhada pessoal de cada um. O retiro teve bastantes momentos de oração pessoal em silêncio e tinha muitas meditações e pistas orientadoras de oração para quem estivesse menos habituado a rezar sozinho. Sendo que estas pistas não pretendiam ser uma imposição para a oração de cada um, mas apenas indicações, cada um esteve livre para percorrer o seu caminho. A partilha que também foi sendo feita, de especial modo no final, também foi uma riqueza. Aqui fica ainda um agradecimento à equipa de preparação e orientação e um convite para aqueles que no futuro se sintam interpelados a fazer esta experiência. Será sempre tão enriquecedora quanto formos também capazes de nos depositarmos nas mãos de Deus e de nos abrirmos à Graça. 

Susana Coito